quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A resistência

Não que eu nunca beba coca-cola ou vá ao Mc Donald's. Mas eu ao menos procuro não fazer disso minha vida.
Tenho assistido ultimamente a uma verdadeira padronização das pessoas, sobretudo dos jovens. Quase todos vestem as mesmas roupas, compradas nas mesmas lojas; comem as mesmas coisas; freqüentam os mesmos locais; ouvem as mesmas músicas; lêem (quando o fazem) os mesmos jornais e livros; assistem os mesmos filmes; falam sempre sobre os mesmos assuntos ('você viu que maravilha aquele vestido que x tava usando na festa de y?' - 'ah, aquele cara do big brother é muito cínico, ele devia sair da casa!' - 'vamo assistir o novo filme de z!' - 'vamo pro shopping!!!') e expressam as mesmas 'opiniões'.
Não quero ser só mais um adolescente enlatado, com suas típicas revoltas mercadológicas. Se eu ler um livro, que ele faça sentido para mim. Se ouvir uma música, que seja porque eu gostei dela. Quero ser eu mesmo, fazer minha própria jornada de descobertas e conquistas; lutar pelo que acredito; fazer da minha vida o que eu quiser e achar melhor.
Embora às vezes me sinta sozinho em meio à multidão; embora às vezes não consiga conversar nada com um grupo de 10 pessoas da minha faixa de idade; embora às vezes fique com o olhar perdido; embora seja taxado de maluco, procuro me opor a esse movimento padronizador.
Procuro nadar contra a corrente.
Resistir.

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